Nesses dias deparei-me com uma amiga na rua e entre uma conversa e outra, descobri que ela vai se casar no final deste ano. Em seguida, logo pensei:
- Pra que casar? Somos tão jovens!
Hoje em dia, as fronteiras entre o namoro e o casamento andam cada vez mais confusas. Durante o bate papo, ela revelou que estava com o namorado há oito meses. Atualmente, cada um tem sua vida, estudam, trabalham, porém não moram juntos e nem possuem qualquer compromisso formal ainda. Mas, para ela tratava-se de casamento.
Os “namoridos” são aqueles casais que dividem o mesmo teto, mas não são casados oficialmente. E essa é uma realidade cada vez mais comum, entre muitos casais. Afinal, conhecer um pouco mais do parceiro, saber lidar com as diferenças e as dificuldades são etapas que devem ser resolvidas antes do oficial “sim” no altar. Viver sob a mesma casa, de uma maneira ou de outra, comprova que o compromisso existe. Queiram ou não. Mas, infelizmente o casamento deixou de ser uma relação para toda a vida. O divórcio, por exemplo, já não é um bicho de sete cabeças, pelo contrário, é cada vez mais comum entre muitos casais. Deve ser por isso, que hoje as pessoas são adeptas a esse tipo de relacionamento: juntar os trapos e viver sem casamento, porém no mesmo teto.
Se pararmos para pensar, o famoso e tão sonhado vestido branco perdeu um pouco do seu sentido. Hoje, as noivas de qualquer idade se casam de branco, e não importa a quilometragem. A cerimônia religiosa significava ganhar uma benção divina. Agora, muitos casais aderem a casamentos simples e abusam da criatividade. Já ouvi falar até em cerimônias em que os próprios amigos dos noivos celebraram o casamento. Com isso, se observa que os laços formais não têm muita importância, e que o casamento com o seu sentido original perdeu o significado. O espetáculo é superficial e tira de foco o mais importante que é o amor.
Por: Paula Abranches
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