quarta-feira, 6 de junho de 2012

CADASTRO PARA DOADORES DE MEDULA ÓSSEA EM JUIZ DE FORA ESTÁ ACIMA DE 30 mil


A doação tem se tornado cada vez mais comum e pode ajudar a salvar muitas vidas.  A AIDS e o câncer continuam sendo os vilões a serem combatidos pela medicina. Mas, medidas que podem ajudar no tratamento dos pacientes estão recebendo maior atenção. É o caso, por exemplo, da captação de doadores de medula óssea.

A medula óssea, popularmente conhecida como tutano, produz as hemácias, componentes do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio na circulação sanguínea, além de leucócitos, que trabalham na defesa do organismo e as plaquetas que fazem a coagulação do sangue. Essa medula é necessária para pacientes que tenham algum tipo de câncer no sangue ou aplasia medular, por exemplo.
Hoje em Juiz de Fora, o Hemominas conta com mais de 30 mil cadastros de doadores, número relativamente baixo, já que as chances de compatibilidade de medula são de 1 em 100 mil para pessoas que não sejam parentes.

Para verificar se a pessoa pode ser doadora é feito um teste de compatibilidade. Segundo a responsável pela captação de doadores, Ana Elisa Alvim, o Hemominas não possui estrutura para esse processo de doação. O doador necessita viajar para o Rio de Janeiro ou São Paulo para realizar a retirada que será usada no transplante. Mas, as despesas são pagas pelo governo.

Hemominas Juiz de Fora


A DOAÇÃO

O doador quando realiza o cadastro no banco de dados retira uma pequena quantidade de sangue para os testes necessários e aguarda ser chamado caso haja compatibilidade e alguém precise da medula.
Existem dois modos de remoção da medula, e normalmente é o médico que escolhe a melhor opção. O primeiro e mais comum é através de uma punção no osso da bacia, onde o doador passa por um procedimento cirúrgico de 90 minutos aproximadamente. Uma agulha aspira 10% do volume da medula no osso. O paciente fica anestesiado, portanto o processo é indolor, ao contrário do que muitos pensam.

O outro método de doação é a Aférese, onde é realizada a coleta por via sanguínea, num processo semelhante à doação de sangue, e que não necessita de anestesia. O doador passa por um processo e cinco dias antes começa o tratamento com medicamentos que deslocam as células tronco para a corrente sanguínea. O sangue passa por uma máquina que filtra somente as células necessárias e, este, dura cerca de três horas. Como existe uma reconstituição do organismo do material retirado, depois de 15 dias a pessoa pode doar novamente.

SEJA UM DOADOR

Os doadores podem ser pessoas entre 18 e 54 anos que não tenham doenças hematológicas (no sangue), nem doenças infecciosas, como a hepatite, e não sejam portadores do HIV. Basta a pessoa se cadastrar, fazer a coleta para o teste do HLA. Os dados ficam cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que está ligado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). Caso haja algum paciente seja compatível, eles entram em contato com o possível doador para verificar se ainda há interesse em doar. Para mais informações acesse: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home ou  http://www.hemominas.mg.gov.br./hemominas/index.html  Ou ligue para 155.

Por Juliana Brandi

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