A doação tem se tornado cada vez mais comum e pode ajudar a salvar
muitas vidas. A AIDS e o câncer
continuam sendo os vilões a serem combatidos pela medicina. Mas, medidas que
podem ajudar no tratamento dos pacientes estão recebendo maior atenção. É o
caso, por exemplo, da captação de doadores de medula óssea.
A medula óssea, popularmente conhecida como tutano, produz as
hemácias, componentes do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio na
circulação sanguínea, além de leucócitos, que trabalham na defesa do organismo
e as plaquetas que fazem a coagulação do sangue. Essa medula é necessária para
pacientes que tenham algum tipo de câncer no sangue ou aplasia medular, por
exemplo.
Hoje em Juiz de Fora, o Hemominas conta com mais de 30 mil
cadastros de doadores, número relativamente baixo, já que as chances de
compatibilidade de medula são de 1 em 100 mil para pessoas que não sejam
parentes.
Hemominas Juiz de Fora |
A DOAÇÃO
O doador quando realiza o cadastro no banco de dados retira uma
pequena quantidade de sangue para os testes necessários e aguarda ser chamado
caso haja compatibilidade e alguém precise da medula.
Existem dois modos de remoção da medula, e normalmente é o médico
que escolhe a melhor opção. O primeiro e mais comum é através de uma punção no
osso da bacia, onde o doador passa por um procedimento cirúrgico de 90 minutos
aproximadamente. Uma agulha aspira 10% do volume da medula no osso. O paciente
fica anestesiado, portanto o processo é indolor, ao contrário do que muitos
pensam.
O outro método de doação é a Aférese, onde é realizada a coleta
por via sanguínea, num processo semelhante à doação de sangue, e que não
necessita de anestesia. O doador passa por um processo e cinco dias antes
começa o tratamento com medicamentos que deslocam as células tronco para a
corrente sanguínea. O sangue passa por uma máquina que filtra somente as células
necessárias e, este, dura cerca de três horas. Como existe uma reconstituição
do organismo do material retirado, depois de 15 dias a pessoa pode doar
novamente.
SEJA UM DOADOR
Os doadores podem ser pessoas entre 18 e 54 anos que não tenham
doenças hematológicas (no sangue), nem doenças infecciosas, como a hepatite, e
não sejam portadores do HIV. Basta a pessoa se cadastrar, fazer a coleta para o
teste do HLA. Os dados ficam cadastrados no Registro Nacional de Doadores de
Medula Óssea (Redome), que está ligado ao Instituto Nacional do Câncer
(Inca). Caso haja algum paciente seja compatível, eles entram em contato com o
possível doador para verificar se ainda há interesse em doar. Para mais
informações acesse: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home ou
http://www.hemominas.mg.gov.br./hemominas/index.html Ou ligue para
155.
Por Juliana Brandi
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