Todo dia, seguia a mesma rotina: acordava, e começava a andar pelas ruas pedindo esmolas. Você já reparou nos mendigos? Alguém já se perguntou de onde eles vieram e para onde vão?
Pessoas que não possuem identidades, totalmente excluídas do sistema por diversos problemas como alcoolismo, drogas, doenças mentais, desavenças com familiares, desemprego, desilusão com a vida e outros. É muito triste saber que este mundo existe! Mas é real! Ele existe, quer o vejamos ou não! Enquanto estou escrevendo no conforto da minha casa, existem pessoas preocupadas em ter um jornal para se cobrir e tentar sobreviver ao frio da noite, para chegar vivo no dia seguinte.
Pelas ruas, mãos humilhadas se estendem; nos tocam e pedem. Já conhecem o que é desprezo, o que é fome, o que é sede. Conhecem um lado da vida que nós não conhecemos.
Então fica uma pergunta: por que esta gente não arruma um emprego? Por que ficam pedindo, ao invés de trabalharem? Não tem como resolver este problema se estas pessoas solitárias, talvez doentes, desamparadas e sem escolaridade, não têm interesse do poder público, não há interesse político voltado para todos eles.
Dá pra entender que somos um país em dificuldades; só não deu pra entender, ainda, que um país como o nosso, com tanta gente miserável morando nas ruas, com milhões de pessoas passando fome, que ainda se escute que não há verba suficiente para matar a fome do povo e lhes proporcionar um teto.
Por Juliana Brandi
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