ARTIGO: LEGALIZAÇÃO DA MACONHA: UM CONTEXTO QUE VEMOS VIVER A SOCIEDADE
Uma manifestação que aconteceu no
último sábado, dia 26 de maio de 2012, em Juiz de Fora me chamou muita atenção.
Recebendo o nome de Marcha da Maconha pessoas foram às ruas, do centro da
cidade, munidos de cartazes, máscaras e adereços defendendo a legalização da
Maconha.
Em alguns países, a maconha é
legalizada, mas não para ser usada apenas como vemos algumas pessoas usarem. A Cannabis
Sativa, como é cientificamente chamada, possui efeito antiemético, podendo ser
usado no alívio do enjoo e depressão relacionados com o câncer. Pode também ser
usada como analgésico. Alguns estudos mostram ainda que é capaz de reduzir
significativamente a pressão intraocular e o fluxo lacrimal em pacientes com
glaucoma, embora o efeito seja de pouca duração.
Infelizmente, quando ouvimos esse
nome, associamos a drogas que, por consequência já preconceituamos seu sinônimo
a crime, tráfico e marginalização. Fazendo parte da nossa vida, criamos esse
conceito pelo contexto que vemos viver a sociedade.
Infelizmente, repetirei essa palavra
pelo restante do texto, o debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha
não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars.
São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores
universitários, que encabeçam uma comissão, o sociólogo Fernando Henrique
Cardoso, do Brasil, os economistas César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto
Zedillo, do México.
Para o poder público é
financeiramente aceitável a legalização da maconha, uma vez que o mercado
global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões, dinheiro esse que está
nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. É claro, que tenho que
admitir que outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a
maconha, e são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio
é regulado e controla-se a qualidade.
Ao analisar as consequências, a
maconha certamente não deve ser legalizada. Suas consequências são
devastadoras, e causam vários danos em diversas áreas. Com a liberação do
consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga, isso aumentaria o número
de usuários, pois as drogas seriam mais baratas e acessíveis e mais gente sofreria
de psicoses, esquizofrenia e dos males associados a ela. Grandes indústrias
poderiam distribuir drogas e, como fazem com cigarros ou álcool, incentivar seu
consumo e com certeza os sistemas públicos de saúde gastariam mais com o
tratamento dos dependentes.
Infelizmente, motivos não faltam para
argumentar que sou contra a legalização da maconha. Os noticiários não me
deixam mentir, a cara de uma grande parcela da sociedade não deixa esconder o
receio do uso da droga. Felizmente, apenas 150 pessoas participaram da Marcha
da Maconha, que aconteceu no último sábado. Expresso minha satisfação pela
parcela insignificante que participou desse inútil movimento.
Por: Olívia Duque
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